sábado, 31 de dezembro de 2011

                                 
Que tal se programar para ser mais feliz em 2012?

Leontina C.Jacubcionis

Com tecnologia que surpreende a cada dia, embora também assuste, será que temos chance de ver surgir o botão mágico que deixe em stand by a dor de coluna ou de dente, o amor ferido ou a pequena rusga, e programe longos momentos felizes?
Enquanto tarda essa maravilha, o jeito é acertar o ângulo de como encarar os fatos com os recursos que temos. Se relações pessoais são difíceis, que dizer das relações sociais, no mundo, que exigem mais tato, mais delicadeza no trato? Repare, no entanto, que, neste bom mês de dezembro, a felicidade parece mais presente. O mundo se movimenta mais leve, pois, afinal, estamos em festa.
Não há como não se maravilhar com as incontáveis luzes brilhando e com os presépios que lembram a religião, fazendo despertar os sentidos adormecidos para melhor olhar o outro. Até o amigo secreto das confraternizações traz certo frisson, pela surpresa que fica suspensa até a hora de abrir os presentes, na simbologia que lembra os magos do Oriente que ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra.
É a chance de juntar braços em abraços e soltar o riso, nesse tempo de animação que altera a rotina que acomoda o cérebro. Quem sabe pensar novas propostas, como esquecer as renas desta vez e convidar Papai Noel a vir de moto ou bicicleta e com celular: mais moderno, mas trazendo a mesma alegria para todos dispostos a se sentar à mesa, em paz, com a luminosidade de velas e anjos.

Depois, o Réveillon. Ano sai, ano entra e com que roupa eu vou? Branco, da paz, ou vermelho, da paixão? Que outras tradições relembrar para bem começar o novo calendário? Muitas estão na alimentação e precisam reforçar o cardápio para que ninguém caia do champanhe na hora do brinde. É a boa pausa que se repete, mas não se esgota. É botar lenha para crescer o calor humano no próximo ano.
Época de reflexão, de ressaltar os valores universais que dão sentido à vida e que sabemos provêm de algo maior, ainda a ser descoberto e melhor conhecido, pois não só de pão vive o homem. Outros alimentos alimentam nossa fé e nossa alma para um viver harmonioso. Abençoado seja o Natal. O avanço da modernidade se impõe, mas que não se perca a tradição. A tecnologia pode ser bastante para o progresso necessário, mas que não seja suficiente para sufocar o encontro na academia, no parque e nas associações literárias, nas quais conceitos e opiniões transbordam de contos, crônicas e boa poesia. Confiemos que a centelha da vida, com tecnologia ou sem, nos programe um mais feliz 2012.



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